terça-feira, 19 de maio de 2015

Estamos em greve!

São Berrnardo do Campo, 19 de maio de 2015.

Carta à Comunidade
Na tarde de hoje recebemos visita da chefia de divisão da Secretaria de Educação, a qual solicita que os alunos dos professores que se encontram na escola sejam  atendidos, a fim de caracterizarmos dia letivo. Durante a conversa sugerimos que a Secretaria da Educação, enquanto tal, se coloque por escrito quanto a esse entendimento, já que como nos foi dito não se trata de uma visita para coação... E que a sugestão seria levada à diretoria da SE.
A chefia justificou o fato de ter se deslocado até aqui por não estarmos atendendo telefone...Respondi que estamos realizando todo trabalho administrativo pelos e-mails oficiais da Secretaria de Educação. Por que esse meio de comunicação não foi utilizado, ao menos para solicitar que entrássemos em contato com a chefia? Não vou me deter aqui em discutir possível assedio moral, pois este não é o foro apropriado. Apenas deixo indicado que esse entendimento por nossa parte é possível.
De certo não é uma situação agradável de ser gerenciada, mas é obrigação de quem está no comando de uma Secretaria de Educação, ganhando para isso,fazê-lo.
Embora tenhamos feito contato com nossa chefia imediata já no dia 13, à tarde, a fim de saber se havia alguma orientação por parte da Secretaria de Educação, isto não aconteceu até esta data, 19 de maio com a visita da chefe de divisão. Portanto, passamos a gerenciar a greve conforme nosso entendimento, pois nossa preocupação não é apenas a contagem  dos dias letivos, mas com o atendimento de qualidade, para todos.
E qual é nosso entendimento?
·         Não nos preocupamos apenas com a contagem dos dias letivos.
·         Gerenciamos uma escola para todos e não para alguns, ao sabor dos ventos. Portanto, qualquer atitude desta direção deve considerar o todo. Ou é para todos ou para ninguém;
·         Com cerca de metade dos docentes em greve ficou impossível receber todos os alunos. Então optamos pelo não atendimento.
·         Entendemos que receber os alunos dos professores que não aderiram ao movimento e oferecer reposição de aulas aos demais, coloca esses demais em desvantagem. Pois todos sabemos que na prática as reposições de aula não tem a mesma dinâmica de dias correntes. Então estaríamos trabalhando com dois pesos e duas medidas. E esta não tem sido nossa postura diante da gestão desta escola.
·         Acolher apenas os alunos dos docentes que estão na escola, expõe os que estão no movimento. Fato que pensamos poder evitar, uma vez que os que lá estão o fazem arcando com o prejuízo financeiro dos dias parados, bem como com registros negativos em seus prontuários de carreira. Eles lutam e todos , no final das contas, serão beneficiados por qualquer que seja a negociação .

Enfim, deixamos registrados aqui os argumentos sobre os quais fundamos nossa discordância com relação à orientação recebida verbalmente nesta tarde.

Atenciosamente,
Margot de Toledo
Direção